O estacionamento selvagem visto de um eléctrico


Uma pequena viagem no eléctrico da carreira 18 com início no cemitério da Ajuda e fim na Aliança Operária (a carreira continua a sua viagem, penso que até ao C. Sodré).

Trajecto curto mas significativo na constatação dos grunhos que estacionam em cima dos passeios (local destinado exclusivamente às pessoas (peôes) para circularem e que os grunhos desconhecem), das passadeiras, nas paragens dos transportes públicos em infracção aos artigos 48 e 49 do Código da Estrada, que os grunhos desconhecem e que a polícia municipal não faz cumprir, passando as respectivas coimas e efectuado os reboques da lataria de duas e quatro rodas estacionada em infracção e obrigando pessoas a circularem pela estrada, sujeitas a atropelamento ou esmagamento, com risco da própria vida.

Mas vamos ao pequeno vídeo produzido durante essa peque viagem elucidativa do enunciado acima.

 

Irracionalidade, incompetência & etc.


Semanalmente, aos Sábados, visito a campa de minha esposa no Cemitério da Ajuda, desde Julho de 2016. Dado que possuo mobilidade reduzida devido a um “souvenir” que trouxe da guerra colonial, tenho de andar amparado a uma canadiana e para fazer este percurso até ao Cemitério, utilizo a carreira 727 da Carris que no sentido para Caselas, tem uma paragem em frente à porta do Cemitério (que hoje ainda se mantém) e no sentido para Belém, tinha uma paragem uns poucos metros abaixo da porta do Cemitério.

E digo tinha, dado que hoje constatei que esta paragem “desapareceu” desse local (ver imagem):

Esta paragem, segundo informação de utentes, passou muitos metros atrás, junto ao posto de gasolina da Galp (ver mapa Google) e reparem na enormidade de percurso que tem de ser agora percorrido por quem está em dificuldades físicas:

fazendo com que pessoas com mobilidade reduzida, idosos e outros que não possuam pópó para circularem, terem de percorrer dezenas de metros quando as antigas paragens estavam bem posicionadas e não incomodavam nem os mortos nem os vivos.

Mas como existem grunhos que, sentados nas suas secretárias, que não andam nos transportes públicos mas trabalham neles e quando têm de circular na via pública fazem-no de pópó uns, com motorista outros, desconhecem e estão-se nas tintas para quem tenha as dificuldades físicas mais adversas e têm de andar a pé, com problemas físicos e idade que já não se coaduna com maratonas pedestres.

Outra paragem que foi mexida, sem qualquer nexo ou sentido de responsabilidade por quem decidiu e concretizou, foi a da carreira 760 da Carris que, no sentido descendente tinha uma paragem quase à porta do Cemitério e agora passou para uns metros mais à frente (ver imagem):

obrigando as pessoas a percorrem várias dezenas de metros.

Não sei se isto foi “obra” da Carris ou da C.M.L. que tomou em mãos os destinos da Carris, o facto é que estas transferências são de uma ANORMALIDADE e INCOMPETÊNCIA a toda a prova, dado que em vez de facilitar a vida a quem não possui meios físicos e móveis para circular na via pública, passa a ter de gastar solas, desgaste físico, cansaço, quer quando chove, quer quando faz Sol, embora tenha de pagar, IRREVERSIVELMENTE, o seu título de transporte que serve para pagar os salários a quem comete estas idiotices.